É tão simples...
Levantei e decidi encontrar a natureza desse lugar!
Hahahah quanta arrogância, ela sempre esteve aqui, eu que
não a via.
Um dois um dois e logo vejo um socozinho alimentando – se no
gramado, piso em uma folha seca e me assusto!!! Eu me assustei comigo mesmo!!!
(que vergonha).
- fecha os olhos e me ouça, sinta...
Eu posso ouvir o vento dizendo, pedindo.
Respira, respira, respira. Respira a vida que existe neste
lugar.
Esta com medo do que? De encontrar algum animal?
Ou de encontrar-se?
O diferente
assusta...
Mas quanta bobagem! Não
há nada de diferente. E sim de profundo, intenso e verdadeiro.
Entrei em silencio, parei, sentei. Encarei o serelepe,
aqueles olhos! Fui parar longe e quando voltei, ele ainda estava lá, olhando
pra mim, meus olhos cheios de lágrima.
Sorri! Ele me
aceitou. Eu me aceitei.
Mais leve continuei o caminho.
Respira, respira, respira.
Quantos sons! Pássaros, pererecas, grilos...
Assoprei o dente-de-leão, mergulhei na flor, entrei no
vespeiro, dancei o balé das borboletas.
Estou perto da alma...da minha alma e do Alma-de-Gato. Ao lado
um pica pau procurando alimento, huuum que fome.
A floresta começa a fechar... Não as belezas e sensações,
mas surgi suas arvores maiores e imponentes, que mostram a sua função e eu as sinto na pele...
Esta frio, úmido e com pouca luminosidade.
Uma formiguinha trabalhando, tento ajudar e acabo
atrapalhando, entendo que quem precisa de ajuda sou eu!
Barulhinho gostoso de água no meio da floresta, encontro a vertente ou ela me encontrou?!
Aceito o convite para senti-la
Me lave, me leve...
Tão gelada que adormece meus dedos, mas purifica meu corpo.
Fecho os olhos e vou além do lugar onde eu estou...
Este foi meu dia no Parque Natural Francisco Affonso de
Mello.
Descubra o seu também.