domingo, 27 de maio de 2012


É tão simples...
Levantei e decidi encontrar a natureza desse lugar!
Hahahah quanta arrogância, ela sempre esteve aqui, eu que não a via.
Um dois um dois e logo vejo um socozinho alimentando – se no gramado, piso em uma folha seca e me assusto!!! Eu me assustei comigo mesmo!!! (que vergonha).
- fecha os olhos e me ouça, sinta...
Eu posso ouvir o vento dizendo, pedindo.
Respira, respira, respira. Respira a vida que existe neste lugar.
Esta com medo do que?  De encontrar algum animal?
Ou de encontrar-se?
 O diferente assusta...
 Mas quanta bobagem! Não há nada de diferente. E sim de profundo, intenso e verdadeiro.
Entrei em silencio, parei, sentei. Encarei o serelepe, aqueles olhos! Fui parar longe e quando voltei, ele ainda estava lá, olhando pra mim, meus olhos cheios de lágrima.
 Sorri! Ele me aceitou. Eu me aceitei.
Mais leve continuei o caminho.
Respira, respira, respira.
Quantos sons! Pássaros, pererecas, grilos...
Assoprei o dente-de-leão, mergulhei na flor, entrei no vespeiro, dancei o balé das borboletas.
Estou perto da alma...da minha alma e do Alma-de-Gato. Ao lado um pica pau procurando alimento, huuum que fome.
A floresta começa a fechar... Não as belezas e sensações, mas surgi suas arvores maiores e imponentes, que  mostram a sua função e eu as sinto na pele... Esta frio, úmido e com pouca luminosidade.
Uma formiguinha trabalhando, tento ajudar e acabo atrapalhando, entendo que quem precisa de ajuda sou eu!
Barulhinho gostoso de água no meio da floresta,  encontro a vertente ou ela me encontrou?!
Aceito o convite para senti-la
Me lave, me leve...
Tão gelada que adormece meus dedos, mas purifica meu corpo.
Fecho os olhos e vou além do lugar onde eu estou...

Este foi meu dia no Parque Natural Francisco Affonso de Mello.
Descubra o seu também.